Observatório de Gestão e Políticas Públicas do TCE-RS
TRABALHO ACADÊMICO
TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE Educação da UFSM

Vivências de estagiários de licenciaturas e contextos emergentes na educação básica


2019


Autor


Orientador


Nível Acadêmico

mestrado: Mestrado


Resumo

Este estudo insere-se na linha de pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional, do Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem como objetivo compreender como os estagiários de três cursos de licenciaturas se constituem professores a partir das experiências com estudantes da escola básica e seus contextos. Os principais teóricos que contribuem com as reflexões desta pesquisa no âmbito da formação de professores são: Bolzan (2001, 2006, 2008), Bolzan e Isaia (2006), Isaia e Bolzan (2006, 2007a, 2007b, 2008, 2009, 2010, 2018), Isaia, Bolzan e Maciel (2011), Isaia (2003a, 2003b), Marcelo Garcia (1999), Morosini (2006), Diniz Pereira (2007), Fiorentini (2008), Mizukami (2002), Sarmento (1994), Zabalza (2004), entre outros. No que tange aos contextos emergentes, utilizamos: Bolzan (2016), Morosini (2006, 2014), Libâneo (2002), RIES (2009,2013), Dalla Corte (2017), Kenski (2013). Para discutir os estágios, utilizamos Pimenta e Lima (2004, 2011). O estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa desenvolvida a partir de uma abordagem narrativa sociocultural construída por Bolzan (2001, 2006), a partir dos estudos de Vygotski (1993,1994, 1995), Bauer e Gaskell (2002), Clandinin e Conelly (2011), Flick (2004, 2009), Minayo (2009) e Denzin (2005). Para a coleta de dados, utilizamos entrevistas narrativas, a partir de tópicos-guia direcionados à aprendizagem dos estudantes na educação básica. Para o processo descritivo interpretativo dos achados, partimos das narrativas dos estudantes, o que permitiu a construção de uma grande categoria: percurso formativo, a qual é constituída por três dimensões, a aprendizagem da docência: o construir-se professor, os estágios supervisionados como espaço de formação inicial e educação básica e contextos emergentes. Estas dimensões foram organizadas por meio de diversos elementos categoriais. Nesse sentido, evidenciamos, ao longo do estudo, que os estagiários compreendem os contextos emergentes como sendo os desafios do cotidiano escolar. Expressam em suas narrativas as dificuldades encontradas ao longo do estágio supervisionando, destacando a precariedade da infraestrutura das escolas estaduais e a falta de materiais. A inclusão também é manifestada pelos sujeitos, quando relatam o despreparo dos professores e da gestão escolar para lidar com a inclusão no contexto, indicando que existe uma “falsa inclusão” nas instituições de ensino. Os estagiários reconhecem, ainda, a importância dos espaços formativos ofertados pela universidade para a aprendizagem da docência. Expressam a necessidade de haver uma reorganização curricular nos cursos de formação de professores que possibilite uma maior participação dos estudantes nos espaços formativos com experiências extracurriculares. Os estagiários também manifestam a necessidade de haver um maior envolvimento dos professores/orientadores no contexto escolar. O estudo realizado e as discussões dos achados permitem-nos compreender um pouco mais quais são as concepções dos estagiários sobre os contextos emergentes e como esse tema é problematizado nos cursos de formação inicial e como acontece a formação destes sujeitos a partir do que é ofertado na universidade.

Palavras-chave

Formação inicial. Educação superior. Aprendizagem docente. Educação básica. Estágio supervisionado


TEXTO COMPLETO



←Voltar ao inicio