Observatório de Gestão e Políticas Públicas do TCE-RS
TRABALHO ACADÊMICO
TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE Educação da UFSM

Práticas de subjetivação das professoras de educação especial operadas por discursos inclusivos


2021


Autor


Orientador


Nível Acadêmico

mestrado: Mestrado


Resumo

Esta Dissertação foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, Linha de Pesquisa Educação Especial, Inclusão e Diferença (LP3), no âmbito do Grupo de Pesquisa Diferença, Educação e Cultura (DEC), tendo as práticas operadas por professoras de Educação especial como objeto de estudo. A partir disso, busquei problematizar os efeitos dos discursos inclusivos no processo de subjetivação das professoras da Educação Especial, a partir das narrativas das participantes. Participaram da pesquisa um total de oito (8) professoras de Educação Especial que atuam em diferentes instituições de ensino (desde a educação infantil até o ensino superior). Apoiada nos estudos pós-estruturalistas, principalmente, nas teorizações de Michel Foucault sobre a noção de discurso - entendendo-o como uma prática produtora de sujeitos e verdades - busquei promover uma escuta sobre as práticas escolares desenvolvidas pelas professoras de Educação Especial no contexto das políticas neoliberais, bem como identificar os discursos produzidos por professoras de Educação Especial acerca dos processos de escolarização e normalização operados pelas políticas de inclusão escolar, além de analisar, a partir dos discursos das professoras, a possibilidade de produção de múltiplas práticas nos contextos escolares. A partir das narrativas das professoras, propus uma discussão analítica que olha para discursos produzidos pelas políticas de inclusão escolar e as formas como eles têm conduzido as práticas escolares das professoras. Nessa análise, recorreram-se anúncios que indicaram a subjetivação das professoras com relação à auto responsabilização pela inclusão no contexto da escola e com relação aos discursos clínicos que impõe a necessidade dos diagnósticos sob os alunos. No entanto, em concomitância à essa captura docente, há também, recorrências que indicam que existem professoras que se sentem provocadas a desobedecer uma rede discursiva produtora de verdades que nos sujeitam, dispostas a se aterem mais para as vidas que pulsam nas escolas do que para os diagnósticos que encerram essas vidas em padrões normativos.

Palavras-chave

Educação Especial; Inclusão; Neoliberalismo; Práticas Múltiplas.


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