Esta dissertação, intitulada “Movimentos de Educação Especial nas escolas públicas que ofertam cursos técnicos de Santa Maria”, foi desenvolvida na Linha de Pesquisa 1 - Políticas e Gestão em Educação Profissional e Tecnológica do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica do CTISM/UFSM, junto ao grupo Transformação - Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Públicas e Trabalho Pedagógico na Educação Profissional e o MAGMA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Formação Inicial e Continuada de Professores. Teve como problematização a seguinte pergunta: “Quais os movimentos de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, estão ocorrendo nas escolas públicas que ofertam cursos técnicos de nível médio em Santa Maria-RS?”. Como objetivo geral, propôs analisar os movimentos de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, que vêm ocorrendo nas escolas públicas que ofertam cursos técnicos de nível médio em Santa Maria-RS. Quanto aos objetivos específicos organizou-se de maneira a 1) Contextualizar a historicidade das políticas de inclusão na Educação Profissional e Tecnológica; 2) Compreender a realidade e as experiências dos estudantes da Educação Especial na Educação Profissional em Santa Maria-RS e 3) Entender os desafios do trabalho pedagógico na Educação Especial das escolas públicas de Educação Profissional em Santa Maria-RS. A metodologia utilizada foi a pesquisa de caráter qualitativo e o método de pesquisa exploratória e descritiva, como instrumentos foram dois questionários, respondidos pelos gestores de ensino das instituições pesquisadas e dois grupos focais com 3 gestores de ensino de cada instituição. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo e depois foi realizado um grupo de interlocução com os gestores de ensino das 2 instituições participantes da pesquisa. Após a análise dos dados produzidos, foram criadas 4 categorias e 9 subcategorias, 1) Políticas de inclusão na EPT com as subcategorias, movimentos das políticas, percepções dos gestores sobre as políticas inclusivas e impactos das políticas inclusivas nas realidades pesquisadas, 2) Inclusão na EPT com as subcategorias concepções sobre a Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, Experiências inclusivas na EPT e Ações Inclusivas na EPT, 3) Trabalho Pedagógico Inclusivo e as subcategorias experiências de trabalho pedagógico inclusivo, desafios do trabalho pedagógico inclusivo, 4) Desafios da Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva e as subcategorias desafios da implementação da Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, Evasão dos estudantes PAEE na EPT, Pandemia e os estudantes PAEE. Como resultados, verificou-se que os movimentos de Educação Especial nas instituições de EPT pesquisadas são diferentes e particulares, são ligados a cada historicidade das instituições, as quais possuem um grande trabalho realizado pelos gestores de ensino que colaboram, planejam e executam ações inclusivas para os estudantes PAEE. Também, observou-se a falta de formações específicas de Educação Especial para a EPT, de políticas e ações internas dentro da UFSM ou com articulações entre as instituições, uma política territorial de Educação Especial em Santa Maria. A Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva deve atuar não apenas nas transformações dentro das instituições, mas partir para a inclusão destes no mundo, acompanhando esses estudantes nos estágios e incentivando-os a realizarem essa prática fora da instituição de origem. Também, destacou-se que é necessário um trabalho pedagógico crítico e inclusivo na EPT, como forma de efetivar a política inclusiva na EPT e de alcançar, para além do acesso, a permanência e o sucesso dos estudantes.