Esta Tese estrutura-se em torno da temática da inserção à docência na educação básica. Deriva-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, tendo como contexto escolas da rede estadual da cidade de Sete lagoas – Minas Gerais. O objetivo geral do estudo, de cunho narrativo, foi compreender como a escola de educação básica constituída de seus diferentes sujeitos, pode configurar-se como ambiência (trans)formativa para a inserção do professor principiante. O cenário da pesquisa foi composto por 24 escolas da Rede Estadual de Educação de Sete Lagoas – MG que ofertam os anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Os sujeitos da nossa pesquisa caracterizam-se por serem professores principiantes, tendo prestado os dois últimos concursos do Sistema Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais (2011 e 2014) para a cidade de Sete Lagoas, ou seja, professores efetivos com até cinco anos de atividade docente. O processo investigativo iniciou-se com um estudo exploratório por meio de um questionário enviado à totalidade dos professores principiantes com o objetivo de identificar os cenários e os sujeitos da pesquisa incluídas questões sobre o início da docência. O corpus principal da pesquisa decorre das narrativas docentes, cujo conteúdo foi trabalhado por meio da Análise Textual Discursiva (ATD). O estudo trouxe a compreensão de que a ambiência escolar pode promover o bem-estar docente no processo de inserção profissional, motivando-o para a sua permanência na carreira. No entanto, pode-se constatar que a inserção à docência requer um esforço conjugado dos diferentes agentes responsáveis pelas políticas educacionais no que se refere às políticas de formação – inicial e continuada e de valorização profissional. Finalmente, confirma-se a Tese de que a ambiência escolar influencia a constituição da identidade do professor principiante na educação básica, podendo se constituir em ambiência positiva ou negativa, sendo estas condições determinantes para a inserção e permanência desses professores na atividade docente. Impõe-se como questão prioritária, o cuidado com a pessoa, na fase de transição de estudante a professor, carecendo de políticas públicas efetivas que assegurem aos professores principiantes as condições objetivas e intersubjetivas para a aprendizagem na/da docência e para o seu desenvolvimento profissional, emambiências escolares positivamente acolhedoras.