TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE Envelhecimento da UPF
Funcionalidade, lombalgia e cervicalgia em idosos institucionalizados e fatores associados
2018
Autor
Wellington Cesar de Souza
Orientador
Marlene Doring
Nível Acadêmico
mestrado: Mestrado
Resumo
O envelhecimento está associado às doenças crônico degenerativas da coluna vertebral, que cursam com lombalgia e/ou cervicalgia. A incapacidade secundária à estas morbidades restringe as atividades do idoso e causa dependência, que está associada à institucionalização, e demanda cuidados e custos. O objetivo da dissertação é verificar a incapacidade secundária à lombalgia e cervicalgia, e contextualizando-a com a literatura disponível, e objetivam as publicações dos conhecimentos em duas produções: Incapacidade funcional secundária à lombalgia em idosos institucionalizados, e fatores associados e Incapacidade funcional secundária à cervicalgia em idosos institucionalizados e fatores associados. Trata-se de estudo transversal, com idosos com 60 anos ou mais, residentes em instituições de longa permanência para idosos nos municípios de Passo Fundo, Carazinho e Bento Gonçalves, estado do Rio Grande do Sul, RS. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Passo Fundo (UPF), Rio Grande do Sul, RS, Brasil (Parecer n° 2097278). Os idosos foram entrevistados com questionário estruturado conteve variáveis demográficas, clínicas e as escalas de avaliação Índice de Incapacidade de Oswestry e Índice de Incapacidade Relacionada ao Pescoço. A amostra foi composta por 116 idosos, 58,6% apresentaram lombalgia, e destes, 61,7% dos casos apresentaram incapacidade mínima ou moderada, e 11,8% incapacidade severa e invalidez. A prevalência de cervicalgia foi de 39,7%, 67,4% apresentaram incapacidade mínima ou moderada, e 6,5% incapacidade severa ou invalidez. Lombalgia associou-se (p < 0,05) com cervicalgia, reumatismo, dor crônica nos últimos 6 meses, Escala Geriátrica de Depressão sugestiva de depressão, osteoporose e polifarmácia, contudo, no modelo final a Razão de Prevalência Ajustada (RPA) denotou significância para cervicalgia (RPA = 0,86; IC 0,76 ¿ 0,98) e Escala Geriátrica de Depressão sugestiva de depressão (RPA = 0,87; IC 0,77 ¿ 0,98). Cervicalgia apresentou associação (p<0,05) com lombalgia, reumatismo e dor crônica nos últimos 6 meses, embora a RPA evidenciou significância para lombalgia (RPA = 0,855; IC 0,768 ¿ 0952) e incontinência fecal (RPA = 0,829; 0,697 ¿ 0,986), sem confirmação da significância para reumatismo e dor crônica nos últimos 6 meses. Verificou-se alta prevalência de lombalgia em idosos institucionalizados, e a associação com cervicalgia e Escala Geriátrica de Depressão sugestiva de depressão. A prevalência de cervicalgia encontrada foi alta, e se constatou a associação com lombalgia e incontinência fecal. Os índices de incapacidade Índice de Incapacidade de Oswestry e Índice de Incapacidade Relacionada ao Pescoço mostraram-se consistentes para o uso na população idosa sem declínio cognitivo.
Palavras-chave
Gerontologia. Geriatria. Dor lombar. Dor cervical. Idosos
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